Durante a live semanal “Conversa com o Presidente”, transmitida pelos canais do Governo, na terça-feira, 1 de agosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve como um dos temas tratados o Ministério Público Federal.

Questionado sobre a escolha do próximo Procurador Geral da República (PGR), Lula disse que tem experiência suficiente para escolher procuradores, pois já o fez por três vezes. “Vou escolher na hora certa. Vou conversar com muita gente, ouvir muita gente. E quando eu tiver o nome certo eu escolho. Temos que escolher quem vai fazer o bem por esse país, sem pressa”, destacou.

Na mesma linha, em continuidade ao assunto, ele fez questão de lembrar que a precaução é importante na hora da escolha de um nome para o comando do Ministério Público Federal e citou como exemplo os escândalos com o ex-procurador da Operação Lava Jato,Deltan Dallagnol.

“Eu sempre fui uma pessoa que teve o mais profundo respeito pelo Ministério Público, é uma das instituições que eu mais idolatrava nesse país. Depois dessa quadrilha que o Dallagnol montou, eu perdi muita confiança. Eu perdi porque é um bando de aloprados que acharam que poderiam tomar o poder atacando todo mundo ao mesmo tempo”, disse Lula.

“Eles atacaram o governo, o Poder Executivo, o Legislativo, a Suprema Corte. Eles fizeram a sociedade brasileira de refém durante muito tempo. Então, obviamente, vou escolher com mais critério, mais pente-fino, para não cometer nenhum erro”, reforçou o presidente. “Eu não quero escolher alguém que seja amigo do Lula, quero escolher alguém que seja amigo desse país, que não faça denúncia falsa”, completou.

Operação Lava Jato e a imprensa

Em entrevista para o jornalista Marco Uchôa, no “Conversa com o presidente”, Lula mencionou ainda a importância da imprensa e o seu papel social. “A imprensa contribui para o bem ou para o mal. E no caso da Lava Jato, um grande setor da imprensa se deixou enganar pelo Moro e pelo Ministério Público, e agora eles não têm coragem de dizer que se enganaram”, ressaltou. “E vão continuar contando a mesma história com a maior desfaçatez do mundo”, disse insatisfeito, o presidente da República.