A desinformação sobre o meio ambiente é constante nas redes sociais. O tema ganhou destaque notório no Brasil nos últimos anos com as campanhas eleitorais. A Amazônia esteve em foco quando os usuários das redes e políticos trataram de disseminar desinformação principalmente sobre desmatamento e queimadas, tratando a Amazônia como ferramenta de campanha.
Em 2022, o projeto “Amazonas: mentira tem preço”, mapeou mais de 400 vídeos no YouTube, com cerca de 70 milhões de visualizações e 67 milhões de interações.
Até 2022, com mais de 3,6 milhões de inscritos em seu canal do Youtube, o ex-presidente presidente Jair Bolsonaro foi um dos principais difusores de desinformações sobre a temática socioambiental e a Amazônia na plataforma. O presidente aparecia até então com 32 vídeos de seu próprio canal, que somam 4.626.547 visualizações.
De acordo com um relatório do Greenpeace EUA em parceria com as organizações Avaaz e Friends of the Earth, as empresas estão falhando no combate à desinformação pela falta de transparência com a qual tratam infratores em casos de desinformação sobre o clima.
Entre as redes sociais avaliadas no levantamento, o Twitter obteve a pior pontuação: 5 de um total de 27 pontos. Facebook e TikTok alcançaram 9 e 7 pontos, respectivamente, enquanto o Pinterest e o YouTube foram as duas plataformas mais bem avaliadas, com 14 pontos cada uma.
Com informações do Ecoa Uol e Infoamazonia
Confira as algumas checagens sobre Meio Ambiente
É de 2020 vídeo que mostra operação de agentes do Ibama
Circula pelas redes sociais um vídeo que mostra agentes do Ibama supostamente ameaçando um produtor rural no Pará. Segundo as postagens, o fato teria ocorrido ainda este ano, após Luiz Inácio Lula da Silva ter sido eleito presidente. É falso. O vídeo é de 2020, portanto não tem relação com o atual governo.
Lupa – Gabriela Soares
É falso que governo Lula confiscou áreas do sul do Amazonas e as entregou para ONGs e países europeus
Vídeo viral afirma que terras do sul do Amazonas foram confiscadas pelo governo para serem entregues a ONGs e países europeus. É falso. Ibama disse em nota que não confiscou áreas no Amazonas. Uma operação, de fato, foi realizada para apreender gado em regiões já embargadas por desmatamento ilegal, mas essa ação não desapropriou terras.
Lupa – Evelyn Fagundes
Deputados mentem sobre terras indígenas nas redes e na Câmara para defender marco temporal
Deputados de oposição espalharam mentiras nas redes e no plenário da Câmara para defender a tese do marco temporal, tema do PL 490/2007, aprovado na Casa na terça-feira (30) e que agora segue para o Senado. A informação falsa de que as terras indígenas demarcadas passariam de 14% para cerca de 30% do território brasileiro, caso a tese não fosse aprovada, foi compartilhada por ao menos três parlamentares — Bibo Nunes (PL-RS), Caroline de Toni (PL-SC) e Rafael Pezenti (MDB-SC).
Aos Fatos – Por Amanda Ribeiro
No exterior, Lula desinforma sobre projeto da Petrobras na Amazônia e guerra na Ucrânia
Em entrevista coletiva no Japão, no domingo (21), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou argumentos enganosos para minimizar os possíveis impactos ambientais decorrentes da exploração de petróleo na costa do Amapá. Ao afirmar que a perfuração proposta pela Petrobras não causaria problemas por conta da distância até a Amazônia, Lula ignorou que a exploração pode impactar biomas e afetar indígenas que vivem nas proximidades.
Aos Fatos – Amanda Ribeiro e Luiz Fernando Menezes