O vídeo com imagens do Jornal Nacional com a veiculação da pesquisa eleitoral Ipec, divulgada na segunda-feira, 15, foi alvo de manipulação e edição. Isso porque no vídeo verdadeiro, com o resultado oficial e correto da pesquisa, os dados mostram que Lula tem 44% no primeiro turno, e Bolsonaro, 32%. (Veja aqui)

Já no vídeo falso, que circula nas redes sociais, as imagens e áudios são o contrário. Há imagens da apresentadora Renata Vasconcellos, anunciando que “Jair Bolsonaro, do PL, tem 44%. Com a margem de erro tem de 42% a 46%. Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, aparece com 32%. Com a margem de erro, de 30% a 34%”.

A narração é acompanhada pela imagem adulterada de um gráfico, com a imagem de cada candidato, que exibe os números errados.

Portanto, fica nítido que o vídeo e o áudio do mesmo foram editados e manipulados para que o resultado da pesquisa fosse invertido entre os candidatos à presidência Lula (na liderança) e Bolsonaro (que aparece na pesquisa na segunda colocação).

Ipec fará denúncia sobre vídeo falso

O Ipec confirmou que o vídeo apresenta dados falsos e afirmou que vai denunciar conteúdo junto à Justiça Eleitoral.

“É falso o vídeo que circula em redes sociais e grupos de WhatsApponde o presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece com 44% das intenções de voto e o ex-presidente Lula, do PT, com 32%, segundo dados do Ipec e com imagens do Jornal Nacional, da TV Globo”, escreveu o instituto em nota. “O Ipec está denunciando o vídeo no Sistema de Alerta de Desinformação Contra as Eleições do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e no Ministério Público Eleitoral (MPE) para que adotem as medidas cabíveis”.

Como denunciar

É possível que qualquer cidadão denuncie um conteúdo fraudulento, informações falsas, bem como imagens e vídeos adulterados com teor de desinformação. Basta entrar no site do Tribunal Superior Eleitoral, no Sistema de Alerta de Desinformação Contra as Eleições e fazer a denúncia.

Exemplos de desinformação contra as eleições

• Informações equivocadas sobre a participação nas Eleições 2022, distorcendo dados relativos a horários, locais de votação e documentos exigidos.

• Uso de contas falsas com uso da imagem da justiça eleitoral para compartilhar informações falsas contra as eleições;

• Ameaças aos locais de votação ou a outros locais ou eventos importantes;

• Informações não verificadas sobre fraude eleitoral, adulteração de votos, contagem de votos ou certificação dos resultados da eleição;

• Veiculação de discurso de ódio e incitação a violência para atacar a integridade eleitoral e agentes públicos envolvidos no processo.