A Covid-19 já vitimou mais de 461 mil pessoas no Brasil. No sábado, 29 de maio, quando o país registrava essa triste marca, milhares de cidadãos foram às ruas reivindicar itens de políticas públicas essenciais, básicas e humanitárias, e que deveriam estar ao fácil alcance da população.
“Vacina no braço e comida na mesa!”, “Incentivo à Ciência e Educação”, “Trabalho para não passar fome”. “Distanciamento e uso de máscara salvam vidas”. Essas eram algumas das frases, entre tantas, estampadas em cartazes dos manifestantes, os quais pediam, além do impeachment do presidente Jair Bolsonaro, direitos básicos de cidadania.
Gabinetes da desinformação
Porém, na contramão desse grupo, estão os propagadores das informações falsas – os chamados “gabinetes do ódio”, responsáveis por divulgar em redes sociais a maior parte dos conteúdos de desinformação quando se trata de saúde pública, política e direitos humanos.
E…o que tem a ver a desinformação com os direitos de cidadania? Tudo!
Ao conseguir atingir o objetivo de disseminar mentiras, o gabinete do ódio atrai cada vez mais seguidores, os quais descartam o senso crítico ao acreditarem apenas naquilo que lhes convém e espalham as mesmas mentiras. Quando uma autoridade usa do seu poder de fala para convencer erroneamente que “vacinas e máscaras não funcionam”, por exemplo, aliena-se, desinforma-se, engana-se uma multidão. Leva-os ao descaso, ao descuidado, à falta de senso crítico e à morte. Mas, contudo, todavia…a informação falsa continua viva e geralmente à disposição de grupos políticos que incentivam a polarização.
Vírus da desinformação
Para a Organização das Nações Unidas (ONU), as “fake news” sobre o novo Coronavírus são “mais mortais que qualquer outra desinformação”, pois diante do cenário de uma pandemia, “o acesso à informação confiável pode significar a vida ou a morte”.
E enquanto falta comida, vacina, emprego e trabalho, o negacionismo ladeado pela desinformação cega os brasileiros. Ele tem os levado à beira de um colapso humanitário, causado por mentiras e omissões governamentais. Neste século, sem dúvidas, o maior vírus tem sido a desinformação.
Foto Destaque: Divulgação Congresso em Foco
