Na quinta-feira, 14, em estágio experimental, foi lançado o Comunidades do WhatsApp. Um novo recurso que abrigará vários grupos com milhares de usuários.
Porém, o WhatsApp se comprometeu com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a liberar o funcionamento ao público em geral apenas após o segundo turno das eleições, que ocorrem em outubro, no Brasil. Isso porque em 2018, o WhatsApp foi considerado um dos meios de maior propagação da desinformação durante as eleições.
“É importante ressaltar que, como já previamente informado em uma reunião entre o então presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, e o CEO do WhatsApp, Will Cathcart, o WhatsApp não implementará nenhuma mudança significativa do produto no Brasil antes das eleições”, divulgou a empresa.
Em fevereiro de 2022, o WhatsApp já havia concordado em auxiliar a implementação de algumas ações para a rápida identificação e contenção de casos e práticas de desinformação. Entre elas, a criação de um canal de comunicação extrajudicial não vinculativo para a denúncia de conteúdos que veiculem desinformação relacionada ao processo eleitoral.
Como funcionarão as Comunidades do WhatsApp
A novidade permitirá disparos em massa para diversos grupos de interesses comuns. O WhatsApp avalia que o público-alvo da iniciativa são escolas, empresas e moradores de prédios, para que possam se comunicar em “grupões”.
De acordo com o blog oficial do WhatsApp, essas mudanças ajudarão as pessoas a compartilhar informações de maneiras novas e reduzirão a sobrecarga de mensagens em conversas com mais participantes. Esses recursos serão disponibilizados gradualmente nas próximas semanas, e as pessoas poderão começar a testá-los mesmo antes de as Comunidades estarem prontas.
Presidente se manifesta contra o acordo entre TSE e WhatsApp
Em motociata no interior de São Paulo, nessa sexta-feira, 15, Bolsonaro se posicionou contra o acordo entre o WhatsApp e o TSE.
“E já adianto que isso que o WhatsApp está fazendo no mundo todo, sem problema. Agora, abrir uma excepcionalidade no Brasil, isso é inadmissível e inaceitável”, disse Bolsonaro. “Não vai ser cumprido esse acordo que porventura eles realmente tenham feito com o Brasil com informações que eu tenho até esse momento.”
Com informações do TSE e Folha de São Paulo