Em entrevista para O Globo, no domingo, 13 de fevereiro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, enfocou a possível suspensão do aplicativo de mensagens Telegram, no Brasil. “Eu penso que uma plataforma, qualquer que seja, que não queira se submeter às leis brasileiras deva ser simplesmente suspensa”, afirmou.

“O Brasil não é casa da sogra para ter aplicativos que façam apologia ao nazismo, ao terrorismo, que vendam armas ou que sejam sede de ataques à democracia que a nossa geração lutou tanto para construir”, disse Barroso.

Vale ressaltar que o aplicativo tem ignorado as tentativas de notificações feitas pelo TSE para cooperar no combate às fake news.

Entenda

A última tentativa de contato por parte do ministro Luiz Barroso para tentar uma parceria de combate às notícias falsas no Telegram ocorreu em dezembro. O presidente do TSE enviou um ofício ao diretor executivo do Telegram, Pavel Dorov, no qual pedia uma reunião para discutir cooperação no combate às fake news durante as eleições deste ano. Mas, ele não teve resposta.

Pelo menos 11 países já adotaram medidas

O Telegram já foi suspenso ou sofreu algum tipo de restrição em pelo menos 11 países, informa o site Poder 360. Os motivos para as medidas incluem disseminação de desinformação e discurso de ódio, falta de fornecimento de dados e organização de protestos contra o regime local.

Foto: Divulgação TSE